Além dos remédios industrializados, os brasileiros têm acesso aos chamados medicamentos manipulados (também conhecidos como magistrais). Nesse caso, o médico indica na receita uma combinação com as doses exatas das drogas que ele pretende prescrever ao paciente. O remédio é, então, produzido sob demanda por uma farmácia de manipulação a pedido do paciente.
Os manipulados costumam ser até 20% mais baratos do que os produtos industrializados. Outro ponto positivo dessa modalidade é o fato de a receita poder ser adaptada de acordo com o organismo de cada um. Se uma pessoa, por exemplo, possui algum tipo de alergia a algum componente do medicamento, o médico poderá substituí-lo por outro similar e evitar o desconforto ao paciente.
O formato também pode variar. O mesmo remédio pode ser feito em cápsulas, supositórios ou géis, entre outros, de acordo com a preferência do médico ou do paciente. Os medicamentos manipulados são utilizados para os mais variados tratamentos – desde os dermatológicos até psiquiátricos e cardíacos.
Qualquer princípio ativo liberado pela Anvisa pode ser manipulado, desde que ele não esteja protegido pela lei de patentes – nesse caso, o laboratório que desenvolveu a substância tem a exclusividade da fabricação.
A legislação que rege o setor é bastante rigorosa e garante a segurança na produção dos medicamentos manipulados. A apresentação de receita é obrigatória para a encomenda destas composições. A embalagem dos produtos também deve seguir uma série de parâmetros obrigatórios, como a clareza e a precisão nas informações. Os estabelecimentos do setor precisam ainda seguir a resolução de 2007 da Anvisa que estipulou as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF).
Fontes:
Ministério da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac)
Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag)